sábado, 13 de maio de 2017

Tradição e ruptura

A linguagem em Arte tem dois aspectos não excludentes : o seu sistema de organização entre elementos, relações, princípios e conceitos  e a sua expressão .

Não raro,  vimos ao longo da História da Arte   um embate entre esses dois aspectos , com a predominância ora da importância dada a um, ora a outro...

Ao fechar-se em seus limites o sistema de linguagem a obra tende ao academicismo  e  ao  abrir-se à expressividade  sempre rompe com o sistema,  provocando e causando polêmicas.

Assim tem sido ao longo da História ... e esse diálogo entre Tradição e Ruptura vem constituindo a imensa  riqueza dessa capacidade do homem  :  a de fazer  Arte.




segunda-feira, 8 de maio de 2017

Expressão x Regras técnicas

Na próxima terça feira, dia 09 de Maio na Galeria de Arte Solange Viana vamos olhar mais atentamente a vida de dois gênios artistas consagrados pela História.

Foram geniais porque deram muito mais importância à expressividade em seus trabalhos - sem deixar de lado o conhecimento e a pesquisa.

Foram autênticos e originais.
Ambos, em seu próprio tempo, sofreram críticas  e  rejeições mas a História não demorou em consagrá-los.

Hoje, de suas vidas e obras podemos tirar muitas lições... principalmente a de que com  Arte a vida fica muito melhor!


sábado, 29 de abril de 2017

Viram ontem?... Manifestações de forças burras e truculentas?...

Para  apontar as possibilidades alternativas a cenas como a  abaixo só mesmo a Cultura, o Conhecimento, a Arte e a União da comunidade.

                                              Foto EFE Fonte Site Terra 29/04/2017


Segue uma crônica publicada no Jornal D´Aqui em maio de 2016 válida ontem, hoje e sempre  para qualquer lugar do mundo...

                                                      Pontos de Cultura

Urgente…urgentíssimo…
O jantar está servido...vamos aceitá-lo?


Elemento de instalação "O Jantar do Poder" Grupo ArteJunto 2015


Precisa-se de alimento cultural urgente em todos os lugares deste país!
A gente deste país precisa criar, apossar-se, tomar conta  e prestigiar  os lugares que não sejam  os “não-lugares”  de Edgard Morin... e publicamente!
Para evitar a atitude fundamentalista que segrega dentro de quatro paredes – mesmo que enormes e “sagradas”  -  um pensamento intenso, hermético, cheio da mais fechada fé ,  urge que  sejam tomadas atitudes participativas!
Alarme?  S i m ! No alerta vermelho !
Quando os movimentos de força se reagrupam , a hora é agora!
Só o pensamento sadio, livre de compromissos escusos, voltado genuinamente para o todo - que na verdade somos nós e “eles” – pode  provocar a guinada de rumos para a direção certa!

Aqui na Granja muitos projetos estão em planejamento ,  com o envolvimento de pessoas genuinamente  dedicadas , sem  outros objetivos particulares que não os de ver este lugar tão especial receber o tratamento que merece quanto à “ res publica”.

Queremos lugares por onde passamos identificados em sua história e sua importância sócio-geográfica, queremos mais  pontos de trocas de livros nos pontos de ônibus a exemplo daquele colocado perto do Recanto São Camilo, queremos uma Eco Feira vibrante e plena de sucesso, queremos a Galeria da Solange Viana  prestigiada em suas iniciativas de divulgar a arte e o pensamento dos granjeiros , queremos mais adesões aos movimentos organizados – Transition Towns e MDGV , mais participações nas organizações sociais como Âncora , Oca, Acorde, São Joaquim e outras ...para que – j u n t o s   possamos fazer a diferença tão necessária!

Distantes  - e ao mesmo tempo tão próximos - do que ocorre nas negociações planaltinas – temos compromissos intrínsecos à nossa condição de seres humanos, irmãos  terráqueos  e cidadãos pensantes,  livres viajantes desta galáxia.


Enfim, mais cultura... por favor!

terça-feira, 28 de março de 2017

domingo, 19 de março de 2017

A aula segunda , nesta terça 21

Depois de termos comparado na aula primeira , as pinturas rupestres , os afrescos renascentistas e o fenômeno  do Grafitti nos centros urbanos contemporâneos , agora será a vez de compararmos duas épocas muito diferentes  e muito  importantes para a compreensão do panorama das Artes:
A Idade Medieval com toda a sua ênfase na fé  e a Modernidade  com  seu frenesi e ousadia ...

Aguardo a todos que se interessarem por pensar junto!

E a decisão de inserir na Economia Colaborativa vem da prática do Transition Towns  pois não se mede o valor de um trabalho apenas pela troca em espécie - que é ótima para gerar recursos nos moldes convencionais - mas  a troca pode ser feita também de diferentes  formas .

                                                        
                                                            Venha e traga sua proposta !

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Aula inaugural aberta

Neste dias de muitos afazeres notamos a dificuldade de encaixarmos uma nova atividade em nossas vidas.  É preciso muito significado para que a importância  de qualquer atividade fique evidente e possamos abrir espaço para ela em nossa agenda.

Para alguns o estudo da História da Arte pode parecer  uma atividade supérflua -  mas apenas inicialmente. O gosto pela Arte e a curiosidade logo ficam aguçados  quando começamos a perceber as conexões, os porquês, as semelhanças e as diferenças. E ainda mais quando percebemos que a fruição se acentua com o conhecimento, incentivando até mesmo o FAZER...

Olhar a História como algo vivo,  presente em constante movimento, dar saltos entre os diversos períodos estabelecer relações entre os diversos personagens - eis o sistema que propomos neste curso. Divertidamente  e com muita pesquisa  construiremos uma linha do tempo até Outubro de 2017 quando encerraremos o curso  com uma Mostra eclética e sui-generis.

Fica o convite para a aula inaugural aberta e gratuita no dia 07 de Março de 2017 na Galeria de Arte . às 19h .


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Ontem e hoje na arte

Um curso aberto,  no qual o olhar dirige-se  diversos episódios da História fazendo um contraponto com os dias de hoje.

Mensalidade : R$ 390,00

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Da capacidade de imaginar à ação política

Crônica publicada no Jornal D´Aqui em Janeiro de 2017

Entre o ente devedor e o ente consumidor há um espaço que poucos veem e muito menos deles têm consciência.  Em nossa vida privada fortemente privilegiada  na escala de valores das últimas décadas  tendemos a buscar refúgio  na interioridade,  o que nos levou ao distanciamento  da noção do coletivo e de que somos,  na verdade,  todos um.
É preciso muita imaginação para escaparmos das imposições angustiosas diárias das notícias e dos acontecimentos mundiais.
Hannah Arendt chama esse processo de “desmundialização” que paradoxalmente acontece em paralelo com a reconhecida  globalização econômica e cultural. Diz ela ter ficado estarrecida com  a  aceitação e a banalização das práticas desumanas  encontradas na sua pesquisa para elaboração do livro “ Eichmann em Jerusalém” .
                                                    
 Nessa linha de pensamento ela atinge o ápice  de uma questão presente hoje nas chacinas nas prisões do Brasil e nas guerras entre etnias e grupos com interesses econômicos no Oriente além de tocar outras questões. As formas políticas atuais burocratizadas por indivíduos normais   estão descompromissadas da visão mais ampla e reflexiva sobre a idéia de sociedade como sendo um organismo único  maior.
A resposta dos indivíduos a esses estímulos imperceptíveis  parece  gerar  a preferência generalizada do indivíduo em  ficar no espaço  entre o dever e o consumir camuflando – até por conforto e proteção -  a realidade,   para não pensar ou imaginar um mundo diferente.
Em contrapartida ,  o acesso à imaginação dá-se  inevitavelmente pela Arte. Seja de que modalidade for, ela exige o desapego dos padrões, exige a coragem de criar, exige a formação de novas sinapses, exige o abandono da realidade imposta, exige o uso do hemisfério direito do cérebro – seja fazendo ou fruindo uma obra de arte. Daí pode-se dizer que um sujeito iniciado nos domínios e nas consequências da Arte é um privilegiado e um vencedor sobre as imposições  subliminares a que a massa está exposta e impelida diariamente.
"Em mar revolto"  Fio encapado, rede de chapa expandida e acrílicas sobre madeira  
As coisas prontas, as imagens excessivas, as obscenidades mais obscenas que o obsceno – citando Jean Baudrillard – as distrações ,  aí estão tentando abafar toda e qualquer  capacidade do ser humano imaginar um mundo diferente. As “Estratégias Malévolas” apontadas por Noam Chomsky embora grassem soltas em todos os meios e estratagemas de comunicação  aí estão para serem repelidas ou confrontadas  a fim de que não tenhamos que viver  apenas soterrados pelos atrofiamentos  de caráter  político, econômico e social que nos assombram historicamente.


                                                           
Encarar a Arte como um possível caminho em direção à liberdade e à responsabilidade que temos uns para com os outros aparece como um ato de resistência. Procurar conhecer para fazer diferente : exercer a capacidade de ver o todo, intuir  caminhos e formas de seguí-los, sair do conforto habitual, e ir em busca do momento re-criativo .
Assim fica o convite : instrua-se na Arte, solte sua imaginação,  constitua-se como sujeito da ação e da reflexão .
Aja politicamente!