sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Marcando um encontro mesmo!

Dia 8 de Setembro de 2012  às 11 horas na Galeria Slaviero e Guedes.
Al. Gabriel Monteiro da Silva 2074. Estarei lá!

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Espaço com muita cor

Bem em frente à minha mesa de trabalho... fica a cozinha de todos aqui do atelier!
 
                
Lugar muito gostoso e receptivo! Esperando visitas...
O crédito da foto é de Stellita ( como diz a Lu ...)

sábado, 11 de agosto de 2012

Um espaço muito especial


Mas há lá nessa casa especial um espaço que me encanta: a guarita sem uso.
Rodeada de plantas, essa guarita se incrustra no jardim, lembrando a todos que não precisamos de vigilância.
Esse espaço me fascina e vou ocupá-lo até outubro.
Aqui pretendo ir mostrando como.

No Butantã

No  Butantã
Bairro tradicional, próximo ao Instituto Butantã e à USP, uma casa especial de uma familia também especial - os Bodini - trabalham várias artistas quase todas ligadas ao universo da cerâmica em todas as suas particularidades.
Chis Bodini, Lili Bodini, Dulce Droghetti , Teté Droghetti, Gê Guedes e Valéria  compartilham com suas alunas seus vastos saberes técnicos , enquanto Glorita Bodini monta seus incomparáveis bolos artísticos em sua cozinha também especial.
Lá ocupo meu espaço . Desenvolvo projetos, acompanho algumas alunas em suas pesquisas.
Encontro amizade e calor além de conforto para trabalhar.

PROCOA


Sobre o ProCOa -  Outubro Aberto*

Pro de Projeto, C de Circuito, OA de Outubro Aberto,  foi um movimento de abertura de ateliers de artistas residentes em São Paulo para dar acesso ao processo de pesquisa, desenvolvimento e construção de produção artística como um todo . – “ O atelier deve ser um espaço anfitrião” , dizia  Risoleta Córdula
(1937-2009), critica de arte da AICA-( Associação de Internaional de Críticos de Arte...”

*Trecho publicado por Lúcia Py  na revista   Veículo  de  Maio de  2010


Neste ano de 2012  tenho um re-encontro incentivador  com esse grupo de artistas e preparo o atelier para fazer parte desse evento. É motivadora a oportunidade de chamar amigos, seguidores e amantes da arte  para esse ENCONTRO.

E, enquanto outubro não chega vou expondo aqui o meu processo!
Sigam-me!

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Repensando conceitos e formas de viver


                                        Heloisa Reis  *                                
Quando estudei História na escola e  me foram apresentadas as Guerras  - a do Paraguai, a do Peloponeso, a de Waterloo - claro que não nessa ordem -  já me incomodava saber o quanto os humanos eram (i)responsáveis por matarem-se uns aos outros. A explicação que eu intimamente aceitava era a de que   a n t i g a m e n t e   os homens eram assim, e que agora após a 2ª Guerra Mundial tinham finalmente aprendido.


Hoje neste novo período de nossa História,  com o desenrolar da revolução  das comunicações, com o desenvolvimento tecnológico/científico,  continuo perplexa não apenas com as guerras  que já se tornaram rotina nos noticiários, mas também com o afastamento que vemos acontecer entre os humanos.

Enquanto o  planeta todo é praticamente coberto por um único sistema técnico,vemos tornarem-se cada vez mais indispensáveis ações que aproximem os seres humanos de sua essência. Para isso precisamos todos de um certo distanciamento de um valor que vem predominando : o consumo.


Claro que todos os seres humanos têm direito a casa, conforto, saúde, transporte, trabalho, e o crescimento do consumo que vemos acontecer por aqui nas classes que antes não tinham acesso a ele, é muito louvável. Não entro no mérito dessa questão. Reflito sobre a globalização e os supremos estágios  da indução ao consumo como se este fosse o único responsável por  trazer felicidade. Sim porque ao mesmo tempo que vemos o seu aumento vemos a diminuição dos espaços públicos vitalizados , o decrescer da importância  atribuída  às artes e à cultura  do social. Calçadas para que? Os carros não andam nelas... Árvores? Precisamos de seu espaço para construções de shopping centers, ruas, rodovias, condomínios.


Não. Não sou contra o sistema capitalista e muito menos contra o sistema da livre-iniciativa. Acho que as oportunidades devem estar abertas a TODAS as pessoas empreendedoras e principalmente àquelas que querem  melhorar seu estilo de vida.


Aí chego ao meu ponto – que estilo de vida é esse que prioriza apenas o “desenvolvimentismo” deixando os valores humanos apenas nos discursos e propagandas quando deveriam  ser o norte de qualquer projeto?


O mundo inteiro está envolvido em todo tipo de troca: técnica, comercial, financeira,e cultural, mas toda essa atividade está freneticamente  voltada para a emergência do lucro  em escala mundial e algumas  poucas empresas globais são hoje o verdadeiro motor da atividade econômica –  que, feliz ou infelizmente , vem se mostrando autofágica.


Temos assim o quadro de um mundo transformado em global, onde já se disse que o bater das asas de uma borboleta pode provocar conseqüências como um furação do outro lado do mundo.


Milton dos Santos em “O País Distorcido” – cuja leitura eu recomendo - nos mostra como essa concorrência superlativa na economia – a competitividade – é danosa para todos os seres. A ilusão de vivermos num mundo onde a prioridade é  competir e passar por cima de valores éticos para ter sucesso está por um fio.  E as grandes e poucas organizações que regem os nossos destinos estão ameaçadas pelo despontar  de  uma  nova tendência : a de um mundo solidário, que deseja e trabalha por desenvolver um tecido social coeso, forte e irrigado, sem drogas, sem enormes lucros, sem enormes distâncias, sem globalizações perversas,  apenas com Boa-Vontade , Prosperidade ,  Paz , e principalmente  sem guerras de qualquer espécie .


Eu torço e rezo por isso.

Crônica publicada no site Cronica do Dia .
*Ilustração :Obra da Autora : “Mãos Postas” Acrílicas sobre tela