sábado, 30 de março de 2013 Crônica do Dia
RITO E TRANSFORMAÇÃO [Heloisa Reis]
“Ascender ao espírito em sua forma de
idéia é entregar-se ao imutável na eterna e permanente transformação.”
(Goethe)
Nosso vínculo com o mundo em que vivemos manifesta-se das mais diversas maneiras e diferentemente em cada ser, mas a natureza humana é sábia e o ser humano é na verdade tri-membrado em corpo, alma e espírito.
O corpo é o instrumento com o qual interagimos nesta esfera terrena, enquanto com a alma elaboramos e criamos um mundo interno, pleno de interações que trazem desconfortos, afinidades, repulsas, atrações, sem que nem nos demos conta... O espírito é a ligação entre corpo e alma e traz as sensações que levam a mudanças e a diferentes vivências.
A sociedade moderna – principalmente a Ocidental – costuma reagir negativamente à importância de determinados rituais – que na verdade são “pequenos ritos de passagem”. É como se demarcássemos nossos territórios internos – de acordo com a passagem do tempo ou de fatos - afirmando que transcendemos um estado e passamos para outro.
Da mesma forma como muitas vezes médicos e nutricionistas recomendam dietas alimentares para nos livrarmos de excessos de peso, as práticas feitas a partir de uma ótica espiritual e universalista têm como objetivo a libertação de pesos emocionais desnecessários e dos sofrimentos psíquicos decorrentes.
Nosso vínculo com o mundo em que vivemos manifesta-se das mais diversas maneiras e diferentemente em cada ser, mas a natureza humana é sábia e o ser humano é na verdade tri-membrado em corpo, alma e espírito.
O corpo é o instrumento com o qual interagimos nesta esfera terrena, enquanto com a alma elaboramos e criamos um mundo interno, pleno de interações que trazem desconfortos, afinidades, repulsas, atrações, sem que nem nos demos conta... O espírito é a ligação entre corpo e alma e traz as sensações que levam a mudanças e a diferentes vivências.
A sociedade moderna – principalmente a Ocidental – costuma reagir negativamente à importância de determinados rituais – que na verdade são “pequenos ritos de passagem”. É como se demarcássemos nossos territórios internos – de acordo com a passagem do tempo ou de fatos - afirmando que transcendemos um estado e passamos para outro.
Da mesma forma como muitas vezes médicos e nutricionistas recomendam dietas alimentares para nos livrarmos de excessos de peso, as práticas feitas a partir de uma ótica espiritual e universalista têm como objetivo a libertação de pesos emocionais desnecessários e dos sofrimentos psíquicos decorrentes.
Instalação “Do Barro ao Rito”, Heloisa Reis
Um pedido de namoro pode parecer ultrapassado nestes tempos de
“ficar”, mas carrega um forte simbolismo na expressão do querer e do
aquiescer com o início de uma relação que pode vir a se tornar consistente.
Cerimônias de formatura, noivado, batizado ou casamento prestam-se ao mesmo
importante papel afirmativo de confiança no futuro de um momento de definição.
Nosso subconsciente é muito sensível a estímulos e por isso os rituais são
importantes.
Antigos rituais nada mais eram que uma forma de atrair as formas
celestes para o nível da alma, atravessando o espírito e chegando ao corpo.
Hoje, temos a tendência de afastar essa natureza intrínseca para dar lugar ao
sedutor sentido da visão com o agravante de tender a se fixar apenas nas
aparências.
Quando trazemos ao consciente outras dimensões em datas comemorativas
religiosas, cívicas ou pessoais, estamos abordando fronteiras daquele reino
das diferentes dimensões da consciência e da inconsciência através da
vivência.
A
modernidade trouxe o afastamento dos mitos tratando-os como se fossem ilusões da
mente criativa do homem , mas felizmente neste início de milênio têm-se
recuperado a noção de sua importância por sua função, como disse Joseph
Campbell, de "levar adiante o espírito humano ".
Ao
imortalizar arquétipos, os mitos promovem nossa eterna transformação. E a Arte,
assim como a Filosofia, podem desempenhar esse papel de religar o homem ainda mais que qualquer Religião.